01 maio, 2010
Se permitindo sentir triste
A tristeza está sempre ligada a algo negativo. Isso é uma injustiça com ela. Hoje me permiti curtir uma fossa. Feriadão, nada para comemorar (dia do trabalho?), notícias ruins, Dilma (oh dear!), Lula na revista Time (com texto do Michael Moore - o que ele sabe?), vazamento de óleo no Golfo do México, dor de garganta... No mundo que estamos vivendo existe até uma pressão para sempre nos sentirmos bem, comermos bem, fazer exercícios,... às vezes cansa! Não preciso estar alegre, ser educada ao tempo todo e não estou com depressão (não será isso que todos depressivos falam?). Será que temos razões para nos sentirmos alegres toda hora?
28 outubro, 2009
A volta
Acho que nunca na minha vida fiquei tanto em casa. Não me lembro de ter ficado em casa nem quando estava com febre. Por isso esse faniquito agora. Ficar em casa me torna uma pessoa pior, mais cri-cri e insuportável. E olha que em casa tem muita coisa para fazer (arrumei os armários, consertei todas as minhas roupas, arrematei as fraldas do Luca, trabalhei aqui de casa, criei uma rotina para a babá...). Cuidar de um recém-nascido é um full time job, mas só fazer isso, convenhamos, enche o saco. Falo isso com um pouco de culpa, não que eu ame menos meu filhote, aliás, acho que com o nascimento de um filho aprendemos o que é amor incondicional, por outro lado, ficar na rotina trocar fralda-amamentar-comer para ter leite-acalmar choro-entreter o pequeno-ficar balançando que nem uma macaca cansa fisicamente (ai, as minha costas!) e psicologicamente. Cheguei ao ponto de achar que se eu ficasse mais um dia em casa, iria enlouquecer. Por isso fiquei feliz de ir trabalhar hoje. Confesso que deu um medinho. Olha como o ser humano é engraçado, ao mesmo tempo em que tinha uma vontade imensa de sair, estava cada vez mais ficando com medo de ir até a esquina com o bebê. Estranho? Pode ser, mas por ele ser tão pequeno, penso em tudo: será que é muita poeira, será que tem muito vento,... aí a conclusão é: melhor não sair. Claro que não dá para criar em uma redoma, mas me conheço e não sei bem o limite das coisas. A gente sempre acha que pode mais. Quando estava grávida, sempre achava que podia forçar um pouco mais nos exercícios, que podia andar mais,... agora que tenho o Luca, acho que posso leva-lo e trabalhar como se nada tivesse acontecido, mas aconteceu - tenho um pequeno que depende integralmente de mim. Com quase 50 dias, andei com ele pelo centro (atravessei a Pça da República, fui ao banco, voltei pela Barão de Itapetininga). Engraçado que quando estava grávida e via mães com recém- nascidos no colo pela mesma região, pensava que elas deveriam ser loucas. E agora estou fazendo a mesma coisa! Deixando a culpa de lado, não posso negar que fiquei muito feliz de voltar ao trabalho mesmo sendo interrompida com o choro do bebê. Montei um acampamento no escritório (berço, cadeira para amamentar, fraldas, roupinhas, algodão, mantinha, brinquedos, carrinho,...) e penso que sou muito privilegiada de poder leva-lo comigo. Eu parecia uma criança em meio ao telefone tocando, a papelada, pastas,... antes de ir achei que não ia dar conta, mas hoje descobri que consigo. Yes, I can. Quer dizer, eu e o Luca, yes, we can.
16 outubro, 2009
Produtos que dão status
Cada vez mais penso que as coisas mais simples previnem muitos males, economizam dinheiro e muitas vezes não causam grandes impactos no meio ambiente. Por exemplo, de que adianta trabalhar sem planejamento, comer correndo, beber café que nem doida e ficar doente depois? Aí, como consequência, surgem doenças, dores e dias sem ir ao trabalho (que significa menos dinheiro e um dia a menos sem aprender algo). Frequentemente ouço pessoas reclamarem que estão gordas, com dores no corpo, nas costas,... mas ao mesmo tempo não querem fazer esforço para resolver a questão. Seguir uma dieta balanceada e fazer exercício ninguém quer. Portanto, meu caro/minha cara se você é uma dessas pessoas, tenho que dizer que A CULPA É SUA. As pessoas querem apenas tomar algo e sarar. A população mais pobre, por exemplo, adora um "adereço". Quando falo de adereço, falo de itens que não são essenciais, mas as pessoas amam. Por exemplo, conheço mães que ao invés de dar o leite materno (que não custa nada e é mais saudável), dá ao bebê leite de soja ou outro composto. Quando o bebê cresce, ao invés de dar papinha com legumes comprados na feira, compram aquelas prontas da Nestle. Outras coisa que a turma adora é material de limpeza. Quem me conhece sabe que sou minimalista nesse caso. Odeio sabão em pó, amaciante, Veja,... os cheiros são horríveis e os vestígios de sabão em pó e amaciante me dão alergia. Coça mesmo. Cansei de falar para a moça que trabalha aqui em casa para usar a menor quantidade de sabão possível, mas não sei por que raios, ela adora um produto de limpeza. E não economiza não. Se compro 5l de água sanitária para economizar, ela usa os 5l. Se compro 1l, ela usa 1l. Por isso, resolvi usar outra tática (dica da sogra): não vou comprar mais amaciante. Não faz falta, tiro um problema da cabeça (é um saco fiscalizar se usou pouco ou muito amaciante) e gasto menos. Outra coisa que a turma adora é o celular. Penso quanto é que se gasta com papo furado por dia. Sim... porque as pessoas falam muito no celular e não são breves não. Falam muito e falam besteira. Muita besteira...
09 outubro, 2009
O cúmulo da cara-de-pau
Tenho pensado muito na habilidade do Sarney e do Maluf de negarem atos, crimes, pilantragens que fizeram (com provas) até o final. Apesar das evidências, eles afirmam que não foram eles ou que não tem culpa. Pensando bem... é um talento mesmo. Não sei se eu seria capaz, mas tenho como meta incorporar essa qualidade a minha pessoa. Lembrei disso, pois ultimamente pessoas que trabalharam comigo tem me ligado, pedindo uma oportunidade. Tem pessoas que realmente merecem, mas tem pessoas que me deixaram na mão quando eu mais precisava e tem a cara-de-pau de me ligar (no celular pessoal - uma até me ligou a cobrar) pedindo uma outra chance. Merece ou não merece? Claro que não, mas só pela cara-de-pau merece uma estrelinha.
Mitos e Lendas
Poucas pessoas falam, mas a chegada de um bebê traz junto muito trabalho, contas e opiniões. Acho que uma das coisas que mais incomodam são as opiniões dos outros, principalmente se você é marinheira de primeira viagem. Quem me conhece sabe que não sou o tipo de pessoa que gosta de ficar trocando papo furado (sei que é um grande defeito meu, afinal, interagir é preciso). Quando vou cortar cabelo, gosto de lugares onde não falem muito. Cansei de ir a salões onde a manicure fica falando e quando fala (com os outros) simplesmente pára de fazer o que está fazendo. O tempo é muito precioso para mim e quando vou ao salão, quero relaxar. Não quero ficar trocando idéia - principalmente falar coisas sobre novelas e reality shows. O mesmo acontece depois que você tem bebê. Já são muitas mudanças. Se você ainda é marinheira de primeira viagem, aparece a insegurança e as opiniões dos outros realmente incomodam, ainda mais porque geralmente não são construtivas. Pior ainda são as opiniões misturadas com os mitos populares que não tem nem pé nem cabeça. Já ouvi cada barbaridade! Falaram para eu enterrar o "umbigo" que caiu em uma fazenda (eu ia jogar fora sem nem pensar), falaram que soluço é porque o bebê está com frio, que soluço se resolve colocando uma bolinha vermelha na testa do bebê, (as pessoas realmente acreditam nisso!) ... enfim... fora as opiniões de pessoas que chegam de para quedas. As visitas chegam em casa, olham o bebê chorando e falam que é cólica, que está com fome, que o leite que estou dando não é o suficiente, que é para dar chazinho (o pediatra proibiu isso)... enfim... não são elas que passam o dia inteiro com o bebê e é fácil chegar cornetando. Sei que todos querem ajudar e sou muito grata a atenção de todos, mas esse tipo de crítica não ajuda. Até porque perguntei as coisas ao pediatra e ele me dá respostas sensatas. Pior ainda são as pessoas que chegam e ficam balançando o bebê pra lá e pra cá. Claro que o bebê gosta, mas depois de madrugada quando está só eu e meu marido com os braços doloridos elas não estão. Portanto, quando falo para não balançarem com ar de autoridade, algumas pessoas podem se ofender. Nem ligo mais. O filho é meu e quem disciplina sou eu. É preciso impor limites. Mas estou falando tudo isso não apenas para desabafar, mas para que as pessoas que rodeiam grávidas e recém-mães dêem apoio verdadeiro ao novo casal, isso transmite confiança e consequentemente o bebê fica mais tranquilo.
01 outubro, 2009
Coisas que estou aprendendo sendo mãe
Ok, ok. Sou mãe há pouco tempo, mas vou te dizer que todo dia aprendo muito com o meu filho - é o Marcelo D2 tem razão. Coisas tipo:
- não adianta se planejar, o inesperado vai acontecer (ele vai querer mamar em qq lugar, sempre falta alguma coisa na bolsa que vc levou pra sair com o bebê, ele vai sujar a fralda logo depois que vc trocou,...)
- seu tempo não é mais seu
- você passa realmente a entender o conceito de paciência
- você passa a ser mais seletiva na escolha de tudo e o que realmente importa na vida - picuinhas não te abalam mais
- você passa a pensar de verdade no futuro e quer trabalhar ainda mais, afinal, qual é a mãe que não quer dar o melhor para seu filho?
- você entende o que é amor incondicional
No pain, no gain
Se tem uma coisa que me irrita muito são as pessoas que não fazem as coisas direito - fazem tudo meia boca, pela metade. Pô, você já está gastando o seu tempo (acho que é uma das coisas mais preciosas do mundo), então faça as coisas direito. Depois tem gente que reclama que não tem oportunidade, que não tem emprego, mas também não quer trabalhar. Dia desses, a faxineira aqui casa disse que uma amiga dela perguntou se ela tinha um emprego onde trabalhasse pouco e ganhasse bem para indicar. Aí a faxineira aqui de casa disse que se ela soubesse, não contava. Óbvio. Esse é o emprego dos sonhos - todo mundo quer. Pode? Resultado sem esforço? Isso não existe. No pain, no gain.
20 novembro, 2008
chá verde
Visitar o Ásia faz com que eu reflita sobre certos hábitos como beber café. Permitam eu explicar a minha relação com a bebida. Eu simplesmente amo café (expresso sem açúcar). Eu era daquelas que se não bebesse café, a cabeça doía (e muito). Contudo, esse hábito tem trazido também fortes dores de estômago. Claro que não é só o café, mas como sou muito ansiosa com certeza ele agrava os sintomas. Anyways... na Ásia a cultura de beber chá é fortíssima. A turma é realmente expert em variedades de chá. Em supermercados existem gôndolas e mais gôndolas com diversos tipos. Só de chá verde, há uma infinidade. Existe em pó, orgânico, primeira colheita, segunda colheita,... e assim vai. Os preços variam também. Resolvi entrar na onda do chá verde e confesso que tem mudado a minha saúde e minhas dores de estômago acabaram.
Me chamem de "Japa"
Desisti de carregar o fardo quero-mudar-a-imagem-dos-coreanos-na-comunidade-brasileira. É uma responsabilidade muito grande e um trabalho de formiga. Sempre me preocupei com isso, mas seria uma pretensão minha achar que eu poderia fazer a diferença, afinal, esse nosso Brasil é muito grande e São Paulo, por si só, é gigantesca. Antes de tudo, não vou dizer que não tentei. Tentei, mas percebi que primeiro é necessário acabar com os pré conceitos. Todos nós temos a cabeça fechada (por mais que você se ache globalizado porque come sushi, porque lê revistas internacionais ou porque assiste TV a cabo). Desisti mesmo. Me chamem de "japa". Antes, eu explicava a diferença: que a língua era diferente, que os países eram diferentes, que a comida é totalmente diferente, mas invariavelmente a conversa acabava com a mesma conclusão: "Ah, então é a mesma coisa?".
Acho que também é egoísmo da minha parte, afinal, em um país que tem a educação pública e privada degradada (para não falar outra coisa), acho que é pedir algo além do alcance. Desculpe o linguajar, mas é isso mesmo. A escola não forma cidadãos. Em um país onde estudar não tem valor, onde as pessoas tratam o espaço público como querem, se apossam da calçada para "prolongar" a garagem, lavam a calçada com a mangueira, levam seus caezinhos para defecar na rua e não limpam, é pedir demais que tratem outras pessoas com respeito. Enfim... sem educação não dá e olha que investimentos não estão sendo feitos agora o que significa que daqui a 10 anos, as coisas vão continuar na mesma.
26 setembro, 2008
Pensamento do Dia
Nada é por acaso. Assim tenho pensado. As pessoas são gordas por uma razão, as magras são magras por uma razão. Tem muita gente que fala que quer emagrecer, mas vive no Mcdonalds, belisca o dia inteiro e depois tema cara-de-pau de falar que não sabe porque engorda. Os magros vem com a mesma história. Claro que existem pessoas que tem alguma tedência, seja para a magreza ou para a "gordura". Esse post não é para elas. O caso é que muita gente vem também com uma história do tipo ele foi bem na prova porque é inteligente. Tem sempre uma resposta rápida e superficial. Ninguém lembra da parte em que tal pessoa ficou estudando na madrugada ou deixou de ir a certo lugares para estudar. NO PAIN NO GAIN. Tem muita gente que culpa os outros pelo que não tem ou não conseguiram alcançar, mas também não se esforçam o mínimo para tentar. O resultado todo mundo quer, mas trabalhar para tal, poucas pessoas realmente querem. A elas eu dedico este post e para aqueles que não se esforçam mesmo, posso dizer que "Você merece".
Assinar:
Postagens (Atom)